Na semana passada
ficamos surpresos pela possibilidade da “Cunha” restaurante de referência da
cidade do Porto e existente desde 1906, ter que fechar portas brevemente pela
não renovação do contrato de arrendamento por parte dos novos proprietários do
edifício. Esta noticia foi badalada nos principais órgãos de comunicação social
no decorrer da semana passada, ver notícia no link: https://www.rtp.pt/noticias/cultura/pode-vir-a-fechar-a-historica-confeitaria-cunha-no-porto_v1038413
De acordo com a
informação obtida, os atuais proprietários pretendem avançar com a construção
dum hotel no edifício onde se insere o restaurante. Entretanto e para fazer
face a este propósito do proprietário do imóvel, os proprietários do restaurante
fizeram pedido junto da câmara municipal do Porto para que o estabelecimento seja
reconhecido como de interesse histórico, através do programa Porto de Tradição.
Nos próximos tempos devem haver desenvolvimentos deste tema.
Trouxemos este tema
para a nossa newsletter, porque se trata dum estabelecimento que está
localizado junto das nossas instalações e por isso bem conhecemos, mas também e
principalmente porque se trata duma discussão que no nosso entender é
fundamental existir para o funcionamento do mercado imobiliário e do que é
tradição/marca do Porto. Situações como a que aconteceram por exemplo na rua
das Flores com a centenária (talvez uma das mais antigas do mundo) papelaria
Araújo & Sobrinho em que a sua antiga loja deu lugar a um hotel, não podem
voltar a acontecer. Somos a favor do progresso e desenvolvimento imobiliário
nos centros históricos das cidades, mas também consideramos que deverá haver
regulação/legislação que não permita que espaços/estabelecimentos que são
património cultural das cidades desapareçam, sob pena de descaraterização
patrimonial das cidades.
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newsletter novembro 2017
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