Nesta
edição da nossa newsletter resolvemos partilhar convosco um artigo da revista
Visão deste mês, bem como tecer algumas elações a respeito do tema.
Recordamos
a nossa newsletter de maio 2017, com um dos temas “Portugal está na Moda”, pois
é positivo o incremento da atividade imobiliária e o facto de se verificar
dinâmica no setor. Contudo “não há bela sem senão”, pois tal como se confirma
existem efeitos colaterais gerados no mercado pelas “modas”.
Uma
das bandeiras inicialmente apresentadas para a reabilitação urbana dos centros
históricos era trazer novamente as pessoas e famílias para os centros das
cidades, pois tinham sido forçadas a ir para as periferias pelo mau estado e
falta de condições do edificado nas zonas centrais. Ora vejamos, com o preço
das habitações nos centros na atualidade verificamos novamente as famílias da
classe média a permanecerem ou voltarem às periferias, pois os preços
praticados não estão em linha com os seus rendimentos. Estes efeitos são
gerados porque todos os proprietários querem estar no segmento da “moda”, ou
seja, alojamento local ou venda a turistas onde podem praticar preços de venda
mais elevados ou ter receitas de arrendamento maiores. Em consequência esse
segmento de moda vai ficando com valores cada vez mais elevados pela pouca oferta
e cada vez maior procura. E vamos assistindo ao fenómeno da descaraterização
dos centros históricos, pela saída de famílias e comercio tradicional.
No
nosso entender deveria de ser criada legislação para regular o mercado em
alguns aspetos críticos, tal como em outros setores, pois a “mão invisível do
mercado” apresenta algumas distorções.