quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

SEGMENTO DE ARMAZÉNS, INDUSTRIAL E LOGÍSTICA – GRANDE PORTO






No segmento de armazéns e industrial, o dinamismo é por norma um pouco mais ténue e tardio que nos restantes segmentos do mercado imobiliário, uma vez que está a montante da cadeia de fluxo, contudo as previsões continuam positivas com a consolidação das exportações e do consumo privado, pelo que se auguram resultados favoráveis para as atividades industriais e logísticas, consequentemente para o seu segmento imobiliário.

A orientação para o controlo de custos de ocupação vai permanecer, com a otimização das áreas dos imóveis em função do dimensionamento das suas atividades e dos contratos estabelecidos com as marcas/insígnias. Nalgumas localizações aguarda-se pela expansão de polos logísticos e industriais, estando essa expansão dependente de interfaces ou ligações aos principais acessos viários e de infraestruturas regionais. Alguns operadores logísticos e empresas industriais optam por desenvolver a meios próprios ou através de parceiros, armazéns/edifícios, uma vez que o mercado imobiliário, não oferece imóveis para arrendamento com a sofisticação necessária e exigida, tais como: dimensão, cais de carga/descarga, pé-direito, sistemas de desenfumagem, pavimentos, etc…, acabando noutros casos por haver uma adaptação ou ajustamento da atividade às condições dos imóveis em oferta/disponíveis.
A zona considerada como prime para armazéns industriais é a Maia, nomeadamente a sua zona industrial nos diferentes setores, quanto a logística consideramos que todo o eixo da A41 e início da A28 (Matosinhos), devido sobretudo à proximidade ao cais de Leixões, Aeroporto e ligações rodoviárias. A norte do Porto (Maia/Matosinhos) continua a ser a preferência dos operadores, não obstante a boa rede viária no concelho de V. N. Gaia tem permitido nalguns casos a deslocação para este concelho dalgumas empresas, também pelos preços mais reduzidos neste segmento, tal facto acontece também com Valongo.

VALORES DE MERCADO – ARMAZÉNS



A análise foi realizada para a zona geográfica que consideramos “Grande Porto”, nomeadamente os concelhos analisados, foram os seguintes: Porto, Matosinhos, Maia, Valongo, Vila Nova de Gaia, Vila do Conde e Gondomar. Correspondem a valores de imóveis registados na nossa base de dados interna, no período entre setembro/outubro/novembro de 2019, num total de 53 observações, para arrendamento e para compra/venda.

Conclui-se que para armazéns, situados no Grande Porto o valor médio para arrendamento posiciona-se em torno dos 3,0 €/m² e o de venda ronda os 475 €/m².

Para concluir esta análise foi possível verificar que a yield media neste segmento ronda os 7,5%, o que nos parece um valor adequado para a região, qualidade dos ativos em oferta e conjuntura imobiliária atual.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA – TOMADA DE DECISÃO

Muitas decisões, quer empresariais, bancárias ou familiares envolvem património imobiliário, havendo a necessidade do apuramento dos valores dos bens imóveis que o compõem. Nestas situações, é comum surgirem conflitos de interesses ou de opiniões entre as partes envolvidas, pois os interessados normalmente tendem a considerar que o valor dum determinado imóvel é menor do que o valor pretendido, ou vice-versa, noutros casos existem questões de ordem sentimental que não podem ser quantificadas.



























Não basta opinar sobre o valor dum determinado bem, simplesmente por conhecê-lo internamente e por o usar regularmente. Para se determinar o valor de mercado de um imóvel, é fundamental saber o seu potencial e principalmente ter um bom conhecimento do mercado e do seu comportamento atual, bem como suas tendências.

Diversos aspetos / características podem ter influência na valorização ou depreciação do imóvel e devem ser ponderados (ex: localização / acessibilidades, estado de conservação e ocupação, uso, tipologia, etc.). Uma avaliação criteriosa proporciona maior segurança para os interessados, bem como para uma acertada/fundamentada decisão, qualquer que seja a sua finalidade.

Atualmente, cada vez se torna mais difícil emitir um juízo de valor de um imóvel devido ao comportamento atual do mercado imobiliário. A constante tendência de evolução dos preços nalguns segmentos de mercado, tem criado sinais de sobrevalorização dos preços no imobiliário. Este comportamento tem-se verificado essencialmente no residencial e consequente na oferta vs procura. Por isso é recomendável, portanto, que uma avaliação imobiliária seja realizada com a devida prudência e por um especialista independente, em virtude de não possuir qualquer interesse pessoal na negociação do bem, possibilitará às partes tomarem decisões mais acertadas, minimizando ou eliminando os eventuais conflitos existentes. Neste contexto não posso deixar de realçar o facto de algumas empresas a operar no mercado, procederem em simultâneo à avaliação e comercialização (mediação) do mesmo bem, o que por sua vez poderá de certa forma colocar em causa uma tomada decisão assertiva.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O arrendamento imobiliário é bom investimento?





Nesta fase em que o arrendamento é tão falado e até existem legislação recente para o seu fomento e desenvolvimento, decidimos fazer uma reflexão sobre o conjunto de despesas e encargos que um proprietário terá de fazer face quando decide colocar um imóvel para arrendamento tradicional/convencional, não obstante parte dessas despesas também fossem devidas mesmo considerando que o imóvel vago. Nesta reflexão/análise iremos determinar também a rentabilidade obtida por esse mesmo proprietário.


Para que se torne mais realista esta análise, decidimos colocar um exemplo prático dum proprietário que analisa arrendar um apartamento T3 usado de construção de qualidade média, situado em Vila Nova de Gaia, pelo valor mensal de 725 € (valor médio atual de renda para esta tipologia numa zona periférica ao centro de VNG).

Assim temos as seguintes despesas a considerar:                                                
- IMI (0,43% do VPT de 110.000 €)
- Imposto de selo (10% do valor de arrendamento)
- Contrato de arrendamento (200€ advogado)
- Coleta em IRS (taxa autónoma de 28%)
- Seguro do imóvel (150€/ano)
- Retenção na fonte (25% sobre o valor da renda caso seja uma empresa)
- Condomínio (mensal 50€)
- Mediadora (comissão da mediadora imobiliária)
- Gestão e Manutenção (5% do valor de rendas/anual)

Importa ainda salientar que existem algumas variáveis associadas ao risco ou incerteza de incumprimento do arrendatário ou ainda a possibilidade de o apartamento vagar por tempo indeterminado, o que desde logo representa uma redução de receita e a manutenção dalgumas despesas, que não estão consideradas nesta análise. Outro aspeto que também não vamos considerar para esta análise tem a ver com o denominado custo de oportunidade, que não é nem mais nem menos do que analisar uma alternativa de investimento e o respetivo benefício que daí poderia ser obtido nessa alternativa que é renunciada. Outra ainda é a coleta em IRS e o novo imposto sobre o património, pois não estabelecemos enquadramento de parâmetros deste proprietário. Consideramos que o valor de mercado do imóvel para venda é de cerca 160.000 €.

De acordo com esta análise, concluímos rapidamente que o arrendamento do imóvel traduz uma rentabilidade líquida efetiva anual de cerca 2,60% que considerando as taxas atuais não é de desprezar. Mesmo não inserindo uma série de aspetos que podem reduzir a receita e por sua vez diminuir essa mesma taxa de rentabilidade. A questão que se coloca desde logo para um investidor é a de analisar o investimento ou desinvestimento comparativamente a outras classes de ativos disponíveis no mercado, ou seja, analisar da sua viabilidade, risco/incerteza, liquidez, entre outros.

Logicamente que para um investidor de dimensão média, alguns dos encargos e custos podem ser diluídos numa ótica de economia de escala, contudo para um investidor de pequena dimensão ou proprietário, a manutenção do investimento em imobiliário quer via arrendamento ou não, despoleta algumas interrogações, pois existem alguns riscos associados que convém refletir e ponderar. Da nossa parte, esperamos com esta breve análise ter dado um contributo e ajuda nessa reflexão.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Tendências do mercado de hotéis em Lisboa



A capital portuguesa, maior cidade do país, continua a concentrar em si uma grande dinâmica no segmento de hotéis e no setor da hotelaria, tanto a nível turístico, como de negócios ou conferências.

É em Lisboa que há mais variedade de oferta cultural/artística, sendo o centro de decisões administrativas do país para negócios e, por sua vez, tem o maior número de empresas multinacionais de serviços especializados.

São muitos os fatores que permitiram que Lisboa se tornasse popular a nível turístico, mas agora também é o foco/centro ao nível de conferências, como exemplo, o Web Summit que parece garantido até 2028. O crescimento exponencial de passageiros no aeroporto é um forte indicador, tal como o facto do porto de cruzeiros ser uma escala obrigatória e popular, permitindo maior atratividade e, assim, mais fluxo de pessoas/ turistas.

Neste cenário, de acordo com os dados existentes, a tendência de crescimento de visitantes vai manter-se, oriundos dos mais diversos mercados, mas principalmente europeus, EUA e Brasil, mesmo prevendo-se a eventual redução do Reino Unido, devido ao Brexit.

Deste modo, os hotéis registaram elevados crescimentos nas taxas de ocupação até 2018. Entretanto, a oferta de novas unidades também cresceu, aumentado assim o número de quartos o que estabilizou em certa medida as taxas de ocupação na média dos 75% a 80%.

Em 2018 existiam 215 hotéis na cidade a que correspondiam cerca de 21.500 quartos, sendo que a dificuldade atual dos operadores é encontrar edifícios em localizações adequadas e com dimensão para converter para este fim ou hotéis disponíveis para venda.

De acordo com dados publicados pela empresa HVS – especialista em consultoria de hotéis – é previsível, até 2020, um crescimento máximo de 10%. Sendo o RevPar (receita por quarto disponível) próxima dos 95G. Este é um parâmetro determinante na valorização dum hotel.


terça-feira, 15 de outubro de 2019

O Porto cresce de forma sustentada no mercado imobiliário residencial



Passado um ano, voltamos a fazer a publicação de valores do mercado residencial no Porto, com dados de valores para este segmento nesta cidade.

Atualmente verifica-se uma tendência de oferta de frações novas ou em construção, o que por outro lado provoca uma redução dos valores das frações usadas. Constata-se também que a maior parte da oferta imobiliária residencial começa a deixar de ser a zona da Baixa, bem como os valores prime voltam a ser as zonas mais ocidentais do concelho. Os negócios fazem-se a um ritmo mais lento e o mercado de arrendamento está mais estabilizado na procura sobretudo pela facilidade na obtenção de crédito para compra de casa, os portugueses continuam a privilegiar serem proprietários, trata-se dum conceito muito enraizado e perpetuado, este conceito de propriedade.

Estamos a viver tempos dalguma estabilidade ao nível do imobiliário, havendo ainda lugar para alguns ajustamentos pontuais, mas tudo indica que a atual tendência deverá manter-se durante um bom tempo, por vários motivos: redução do desemprego, estabilidade política, condições favoráveis de financiamento, redução das taxas de juro nos spreads e a noticia anunciada recentemente pelo BCE de que as taxas de referência (Euribor) manter-se-ão estáveis até 2025.
A dinâmica imobiliária, sobretudo no segmento residencial continuará e com a oferta de construção nova assumir a dianteira, um pouco por toda a cidade, mas essencialmente a zona ocidental. Assiste-se também a alguns sinais de dinâmica na zona oriental da cidade, com projetos residenciais em fase inicial de construção.

MERCADO IMOBILIÁRIO RESIDENCIAL – PORTO
Apresentamos alguns indicadores médios e meramente orientativos do mercado residencial (apartamentos) relativos ao concelho do Porto. A zona onde os valores registados são mais elevados quer no mercado de compra/venda quer no mercado de arrendamento é a zona da Foz/Boavista, logo seguida da zona da Baixa Portuense.

No caso dos apartamentos, no concelho do Porto o mercado apresenta valores de compra/venda, médios de 1.950€/m2, sendo que para arrendamento corresponde o valor médio a rondar entre os 10€/m2/mês. Os valores mínimos correspondem à freguesia de Campanhã (zona Oriental da cidade) e rondam os 700€/m2 e 4,00€/m2/mês.

Como indicativo, o mercado disponibilizou para venda valores máximos próximos dos 10.000€/m2 em empreendimento de luxo e ainda em construção. A média de área por fração disponível é de cerca 100 m2/fração.

Os valores dizem respeito ao 3º trimestre de 2019. Numa análise a um total de 356 frações de várias tipologias que contribuíram para esta análise.

ESPECIALISTAS EM AVALIAÇÃO, OS NÚMEROS COMPROVAM-NO!




“A Structure Value , no último trimestre, avaliou um total de 500 mil m2 com um valor superior a 245 milhões de euros”
A Structure Value realizou no decorrer do último trimestre (terceiro) avaliações para várias entidades, nomeadamente: Bancos, Fundos, Empresa, Particulares e Entidades Publicas, que corresponderam a um total de valor avaliado de 245 milhões euros. A empresa está especializada em avaliação imobiliária e assume cada vez mais um papel de liderança, facto que está relacionado com a confiança que os clientes depositam na empresa, tendo assim concretizado um total de 500.000 m2 avaliados no mesmo período.

Nos últimos anos a Structure Value tem vindo a aperfeiçoar as suas metodologias e processos, pelo que no segmento da avaliação imobiliária onde está especializada a empresa atualmente tem uma capacidade de resposta de âmbito nacional e garante elevados padrões de qualidade.

O portfólio das avaliações realizadas passam pelos mais diferentes tipos de imóveis, desde postos de combustíveis, herdades, edifícios escritórios, terrenos, industria, hotéis ou moradias e apartamentos, entre outros.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

STRUCTURE VALUE é associada da ASAVAL



A STRUCTURE VALUE é a mais recente empresa a juntar-se ao leque de associados da ASAVAL – Associação Profissional das Sociedades de Avaliação. Esta associação tem como objetivo de acordo com os seus estatutos a promoção da atividade das sociedades de avaliação e a sua profissionalização, com vista ao incremento da qualidade de serviço prestado pelos seus associados.

Fazer parte da ASAVAL como membro é mais um motivo para confiar no trabalho desenvolvido pela STRUCTURE VALUE, já que a associação assegura que os seus associados “fazem o controlo de qualidade dos trabalhos de avaliação que realizam, para maior garantia de terceiros e que os associados não desenvolvem atividades que integrem conflitos de interesse com a atividade de avaliação ou que coloquem em risco a integridade das avaliações emitidas”.

A STRUCTURE VALUE está há uma década a marcar o setor imobiliário, e sempre assegurou os mais elevados parâmetros de rigor e independência no que toca à avaliação imobiliária. A integração da STRUCTURE VALUE como membro da ASAVAL é um comprovativo disso mesmo.

De acordo com o responsável da STRUCTURE VALUE, Vítor Osório Costa, este esclareceu que “… é com muita satisfação que integramos o grupo restrito de membros da ASAVAL, sendo muitos os temas/pontos que partilhamos para a atividade de avaliação imobiliária…”.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

A importância da avaliação imobiliária para determinar o LTV (LOAN TO VALUE)



A recuperação do mercado imobiliário que se tem verificado desde alguns anos, é fortemente impulsionada pelo financiamento bancário, nomeadamente na conceção de empréstimos para compra de habitação pelos bancos às famílias, bem como no financiamento de imóveis comerciais às empresas ou investidores.  Neste contexto as instituições bancárias têm critérios para analisar uma operação de financiamento imobiliário, nomeadamente: o valor da avaliação imobiliária e a análise do loan-to-value (LTV), entre outras.

Normalmente é referido como o “rácio financiamento/garantia”, mas o LTV é um conceito relativamente simples e de fácil compreensão, que indica qual o risco associado a uma operação de empréstimo, que o banco está disposto a assumir. É traduzido matematicamente pela seguinte expressão:

LTV (%) = Montante financiado (€) / Valor do imóvel (€)

Assim é o LTV que indica a % de financiamento relativamente ao valor do imóvel. Atualmente as instituições de crédito praticam habitualmente LTV na ordem dos 50% a 65% para que a operação possa avançar. Logicamente que haverá exceções em operações com LTV superiores, e que por sua vez representam maior risco sendo exigido spread mais elevado, tal como em operações com LTV inferior ao habitual poderá ser praticado spread inferior.

Voltando à fórmula do LTV, do lado do numerador o montante financiado dependerá do valor solicitado ao banco pelo cliente, e do montante que possua de capitais próprios para reduzir no montante de financiamento, permitirá que o LTV seja inferior e a sua capacidade de negociação maior. Por outro lado, no denominador o montante é determinado pelo valor de mercado do imóvel constante no relatório de avaliação emitido pela empresa de avaliações.

O valor emitido no relatório de avaliação, é assim fundamental para a determinação do LTV em operações de financiamento imobiliário, pois o imóvel objeto do empréstimo serve como garantia hipotecária do montante financiado pelo banco, sendo que o trabalho de avaliação imobiliária é de primordial importância e com impacto nas contas das instituições financeiras. Assim defendemos que este serviço deverá ser desenvolvido de modo independente, autónomo e rigoroso, cumprindo as melhores praticas em avaliação, e por sua vez honorários adequados que permitam uma boa qualidade do serviço de avaliação.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Avaliação do valor mercado e do Valor Patrimonial Tributário (VPT)



No âmbito da nossa atividade, somos muitas vezes abordados por compradores ou vendedores, pouco familiarizados e habituados a termos e critérios de valorização imobiliária. Por norma são famílias ou particulares, que recorrem aos nossos serviços de avaliação, sendo que um dos mitos ou questão que apresentam é saber se o VPT (Valor Patrimonial Tributário) de um imóvel urbano pode ser uma referência ou ter qualquer aderência ao valor de mercado.

Desde logo o princípio e metodologia de valorização dum imóvel é distinto para cada um dos valores, se para o VPT o tema fiscal é primordial, no VM (Valor de Mercado) a vertente mercado é fundamental. Por isso mesmo um imóvel pode ser valorizado no mercado (VM) pelo seu rendimento efetivo ou potencial (comparáveis), enquanto a valorização pelo VPT corresponde a uma expressão matemática que embora considere uma série de coeficientes e ponderadores minorativos/majorativos, mas com uma logica ainda assim muito rígida e em muitos casos sem qualquer aderência ao mercado imobiliário. Exemplo disso é o valor G/m2 para construção.

Não obstante, um dos coeficientes (localização) permita alguma diferenciação em função de zonas/localizações, coeficiente esse que tem sido, ano após ano, a ser revisto e melhorado em termos de zonamentos, estando atualmente em curso pela Autoridade Tributária (AT) a revisão desse coeficiente nalgumas zonas.

De facto, ao analisarmos aleatoriamente algumas avaliações efetuadas recentemente, e tentarmos identificar ou estabelecer alguma relação entre valores verificamos situações que são opostas, outras inversas e até outras que dão valores similares entre o VPT e VM, num dado momento e num mesmo imóvel.

Passamos em revista alguns exemplos que retratam claramente esta situação:
    • T3 em Gondomar (Rio Tinto),
    VPT = 86.530G e VM = 110.000G
    • T3 no Porto (Boavista),
    VPT = 264.860G e VM = 390.000G
    • Terreno urbano para construção em V. N. Gaia,
    VPT = 361.630G e VM = 360.000G
    • Terreno urbano para construção em Matosinhos
    VPT = 848.450G e VM = 600.000G

Bem sabemos que no passado chegaram a existir alguns peritos avaliadores de imóveis que recorriam a práticas expeditas, que tomavam como referência o VPT para determinarem o VM e relacionavam o mesmo com o VM de determinado imóvel.

Não estamos de acordo com essas práticas e consideramos não existir qualquer razoabilidade ou base sustentável para determinar o VM através do VPT, a determinação dum imóvel pelo seu VM é algo em constante mutação, estimulada por inúmeros parâmetros, tais como: mercado, tendências/modas, taxas, tipo construção, conjuntura, estado de conservação, tecnologia, infraestruturas (…).

Só por mera coincidência poderá ocorrer que os valores sejam próximos ou idênticos para um determinado imóvel, num dado momento.



terça-feira, 10 de setembro de 2019

YIELDS IMPLÍCITAS Mercado arrendamento residencial – PORTO


Voltamos a um tema que em avaliação e investimento imobiliário gera alguma discussão. Está relacionado as taxas de rendibilidade aplicadas e utilizadas no imobiliário. Não obstante serem inúmeras as publicações e relatórios periódicos de mercado com informação sobre taxas prime, decidimos com base nos dados que possuímos – essencialmente oriundos das avaliações efetuadas e do conhecimento do mercado em geral – dar uma perspetiva geral da situação do mercado referente ao segmento residencial no Grande Porto e que a mesma seja o mais realista possível.

Quem atua neste setor e, no mercado das avaliações em particular, tem conhecimento e compreensão dos conceitos de yields/rendibilidade e, por sua vez, também, da sua justificação e sustentabilidade, quer seja através do mercado de venda/arrendamento ou na elaboração de modelos (rendibilidade de ativos) adaptados aos ativos imobiliários e mais concretamente ao mercado residencial.

A metodologia utilizada para a sua determinação tem como pressuposto o mercado imobiliário em cada uma das localizações/concelhos em análise, obtida através da correlação existente entre a compra/venda versus arrendamento.

Defendemos e consideramos que esta metodologia continua a ser a mais adequada uma vez que tem como base o mercado local, e assim permite diferenciar localizações e zonas.

Neste artigo pretendemos de uma forma breve fazer um refresh das yields brutas praticadas atualmente no mercado imobiliário do Grande Porto, para o segmento residencial/habitação permanente. Que se segue no quadro seguinte:

Dos dados obtidos verifica-se que a habitação para a gama baixa do Porto permite taxas de rendibilidade de 8,00%, em contrapartida a yield pode descer até 4,50% na gama mais alta (prime), o que representa uma amplitude muito elevada para um só segmento.

Pode ser justificada pelo crescimento exponencial dos valores em algumas zonas e pela estagnação em zonas periféricas, mas também pela diversidade de oferta existente. O concelho de Gondomar é aquele que mesmo na gama alta apresenta a taxa de rendibilidade mais elevada com uma yield de 6,50%. O mercado de arrendamento e as taxas de rendibilidade (yields) praticadas no nosso entender só reforçam o estado atual do mercado imobiliário de compra/venda e os valores praticados na compra/venda, pois estas taxas são um sinal e consequência da conjuntura imobiliária atual.


quarta-feira, 7 de agosto de 2019

“A proposta de serviço da STRUCTURE VALUE é cada vez mais de especialistas em avaliação imobiliária”










No 10º aniversário da STRUCTURE VALUE o diretor geral Vitor Osório faz o balanço da empresa e o do mercado de avaliação imobiliária em entrevista ao Jornal Vida Económica!

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Entrevista Vida Económica – 26-07-2019

“A comemorar 10 anos de atividade, a Structure Value é hoje uma consultora especializada na prestação de serviços de avaliação e de consultoria técnica no setor imobiliário. “A nossa proposta de serviço é cada vez mais de especialistas em avaliação, é assim que o mercado nos vê e é aí que nos sentimos bem”, destaca em entrevista Vítor Osório. Contudo, mostra alguma preocupação com alguns aspetos da atividade. É que, destaca, o “crescimento no número de avaliações e na quantidade trabalho não é proporcional na evolução dos honorários pagos às sociedades de avaliações”.

Nos dez anos de existência, a Structure Value já atravessou um período de crise e de crescimento do mercado imobiliário? 

Nascemos no ano de 2009, em plena crise, e, 10 anos depois, o balanço é claramente positivo. Acho mesmo que em muitos momentos nos superámos, sobretudo porque apanhámos o pico da crise com a empresa recém-nascida e para todos os lados em que nos virávamos só se falava de crise, crise, crise. Era a palavra da ordem do dia a dia, mas em boa verdade desde que comecei no mercado de trabalho que sempre ouvi o termo crise, por isso, nem quis saber, o comboio já estava em marcha, foi só conduzi-lo, evitando problemas e agarrando desafios e oportunidades.

Que balanço faz deste período? 

Passámos alguns momentos iniciais difíceis, que foram como aprendizagens que tirámos desses períodos menos bons, e é o que nos permite perceber hoje e compreender que uma estrutura adequada e uma equipa multidisciplinar pode fazer a diferença e ser capaz de se adaptar tanto aos trabalhos mais rotineiros como também aos mais complexos. Isso enche-nos de confiança e prepara-nos para tudo o que o futuro nos reservar. Ou seja, esta aprendizagem funcionou também como um teste às nossas capacidades, competências individuais e como equipa.

Que lição tirou dos períodos menos bons? 

Saímos mais fortes da crise, e também aprendi a lição de que fazemos a diferença quando fazemos as coisas com paixão, e a Structure Value tem essa paixão.

Que áreas contribuíram mais para o crescimento da empresa? 

Inicialmente, no primeiro ano, a empresa estava mais direcionada para avaliação de empresas, negócios, marcas e insígnias, contudo, rapidamente o património imobiliário foi o driver e assumiu uma posição crescente. Hoje, a avaliação imobiliária representa 85 a 90% da nossa atividade e volume de negócios. A consultoria imobiliária e peritagem representam os restantes 15%, os trabalhos de avaliação de empresa e marcas são residuais. Atualmente, a Structure Value é especializada na prestação de serviços de avaliação imobiliária e de consultoria técnica no setor imobiliário. A nossa proposta de serviço é cada vez mais de especialistas em avaliação e é assim que o mercado nos vê e é aí que nos sentimos bem.

Em que áreas e que clientes contribuíram mais para o crescimento? 

Os segmentos em que Structure Value está mais presente são os fundos de investimento imobiliário, bancos e empresas. Os nossos clientes são aqueles que atuam no mercado nacional. Logicamente que trabalhamos mais com alguns deles e que por sua vez contribuem e têm um peso maior no nosso crescimento, mas, de um modo geral, somos fornecedores de serviços de avaliação imobiliária para quase todos. Sobretudo, porque o mercado e os clientes sabem que somos guiados por uma cultura profissional, temos os recursos adequados e o know-how do mercado imobiliário, por isso, o nosso serviço acrescenta valor para a atividade dos nossos clientes e contamos com a confiança deles.

Nos últimos anos o mercado imobiliário registou um crescimento significativo a nível do investimento particular e institucional? 

Sim, havendo mais atividade imobiliária, consequentemente há mais trabalho, transações, operações e logo mais atividade de avaliação imobiliária, sobretudo no segmento da banca. Contudo, este crescimento no número de avaliações e da quantidade de trabalho, não é proporcional na evolução dos honorários pagos às sociedades de avaliações. Hoje são exigidas muito mais competências, mais qualificações, certificações e os trabalhos requerem análises mais completas e complexas, todavia os honorários dos avaliadores não acompanham essa evolução e exigência.

A consultadoria e avaliação acompanharam esta situação? 

A avaliação imobiliária tem um forte impacto nas economias modernas na valorização dos ativos imobiliários, das instituições, bancos e fundos. Prova disso foi a crise económica, que teve muitos aspetos com origem nas carteiras de imóveis, bem como o impacto do imobiliário no balanço dessas entidades. O peso de cada segmento na nossa atividade está bem distribuído por tipo de cliente, principalmente por uma questão de prudência: tenho atenção e cuidado com um dos critérios que considero importante na nossa atividade, que é mantermos a independência e autonomia. De qualquer maneira, os clientes institucionais, como banca, fundos e gestão de ativos, têm um peso muito superior em quantidade de m2 avaliados, face às empresas e particulares, o que é natural em qualquer empresa de avaliação da nossa dimensão.

Qual o papel que devia ter o regulador? 

O regulador e supervisor poderiam também ter um papel mais ativo ou mesmo proativo no setor, criando condições e barreiras para a entrada no setor. Por outro lado, fazer exigência de um responsável técnico da empresa, horas de formação anuais obrigatórias dos peritos das empresas, promover a fusão de empresas, ou seja, dar sinais ao setor de que o profissionalismo é o caminho. Uma empresa ou sociedade de avaliações deverá ser possuidora de massa crítica, metodologias afinadas, cobertura, sistemas internos de validação credíveis. Ou seja, dar garantia aos clientes de confiança. Não podem ser comparáveis os custos nem o resultado da avaliação para o cliente final comparativamente a um perito avaliador individual ou empresa unipessoal que tem uma única pessoa que é o perito avaliador, que na maioria das vezes são excelentes peritos locais e muito competentes no contexto local, mas que não estão em pé de igualdade com as sociedades de avaliação profissionalizadas.

Quais são as perspetivas futuras do setor da avaliação? 

A avaliação imobiliária tradicional é cada vez mais um serviço padronizado, pode ser visto pelo cliente tal como uma commodity. Uso este termo porque as avaliações de imóveis, quando realizadas por sociedades de avaliações que usam critérios similares, têm as práticas de rotinas idênticas, experiência na validação e adotam os parâmetros exigidos na banca, fundos e gestoras de ativos, em que temos de possuir um nível de qualidade uniforme, prazos de entrega similares e são efetuadas em relativas quantidades. A situação atual do mercado de avaliações é essa, e a tendência deverá manter-se para a avaliação dita normal e parametrizada. A diferença ou destaque será feito nas avaliações especiais, em que o grau de complexidade é maior, sendo que a diferenciação é um critério de seleção dos clientes. Como não conseguimos parar a industrialização do setor, ainda assim, pensamos que há motivos e aspetos que distinguem as empresas mesmo nas avaliações tradicionais e estamos nesta fase a trabalhar nesse sentido, para oferecer ao cliente mais confiança, com uma melhor capacidade de resposta, nível de qualidade e rigor na validação dos relatórios. É esse o caminho, mesmo na avaliação (standard) que denomino por commodity. O top 15 ou 20 de empresas de avaliação a nível nacional tem de se diferenciar do restante do mercado.

Habitação nova “vai exercer um efeito de pressão na descida de preços” 


O segmento residencial continua a ser o mais ativo e dinâmico, sobretudo porque durante muitos anos as famílias foram adiando a troca ou compra de casa. Por outro lado, o turismo tanto na compra como no arrendamento veio dar um impulso ao residencial, sobretudo nos centros urbanos. Na opinião do responsável da Structure Value, os outros segmentos potenciam-se em consequência do residencial, como é o caso do retalho (comércio de rua), escritórios e serviços e logística. Os segmentos mais atípicos, como, por exemplo, os hotéis e residências de estudantes, apresentam também uma forte atividade. A reabilitação urbana continua a ser prime, porém, a procura e dinâmica estende-se para zonas ou coroas mais periféricas dos cascos urbanos. “O stock de usados tem atualmente pouca oferta. A reabilitação urbana tem limitações ao nível de oferta porque não há como se estender e começam a escassear os imóveis/prédios para reabilitar no segmento residencial porque alguns deles são desenvolvidos para outros usos”, destaca. Assim, surge a oportunidade dos edifícios construídos de raiz, que ao ficarem prontos e disponíveis para compra irão exercer um efeito de pressão na descida de preços, em especial no mercado residencial de usados, porque os prazos de absorção destes vão aumentar e fazer baixar os preços dos usados e dos da reabilitação. Vítor Osório considera que a reabilitação é inevitável e está em curso. Contudo, irá competir com a habitação nova no segmento médio. “O mercado da reabilitação não depende somente do residencial. Nesta fase, o peso nem é tão grande como há dois anos, pois há segmentos alternativos que vão assumindo um papel importante na reabilitação”, destaca.

Já o segmento de comércio de rua tem várias realidades. Uma são as zonas prime, procuradas pelas principais insígnias de luxo, e outra realidade é a que comporta as insígnias de comércio de conveniência e correntes. Contudo, destaca, também a importância do comércio tradicional. “São as memórias das cidades e dos centros urbanos, importa manter viva essa realidade, mesmo para a sustentabilidade e atratividade do turismo e do imobiliário”. O segmento logístico é sempre o último na cadeia de valor do imobiliário onde se verifica a retoma. “Nesta fase está dinâmico, dependerá sempre do estado do mercado residência, turismo e do retalho. Sobretudo porque a ocupação das grandes áreas logísticas são cada vez mais otimizadas e dependem dos contratos estabelecidos com os principais operadores. Os valores cobrados também são uma função disso mesmo”, destaca.”

sexta-feira, 12 de julho de 2019

TRANSFERÊNCIAS DE CRÉDITO À HABITAÇÃO





Nos últimos meses temos verificado um incremento significativo nas denominadas transferências de crédito à habitação entre bancos, processo que corresponde à mudança de instituição de crédito por parte do titular do empréstimo/ financiamento.

Estes tipos de operação estão sobretudo relacionados com os spreads oferecidos pelos bancos e também pelos custos mensais associados ao empréstimo, como sejam os seguros, assim como despesas de transferência do financiamento.

Por um lado, verificam-se promoções oferecidas por alguns bancos e alguma competição entre instituições na atração e angariação deste tipo de operações. Por outro lado, este produto é visto como uma oportunidade para algumas famílias, que assim conseguem uma redução no valor da prestação bancária, uma vez que as taxas Euribor deverão continuar baixas, negociando apenas o "spread" com o novo banco a contratar.

segunda-feira, 1 de julho de 2019

ESTABILIZAÇÃO DOS PREÇOS NO IMOBILIÁRIO RESIDENCIAL



De acordo com os dados e valores médios de avaliações mais recentes verifica-se que os preços das casas tendem a estabilizar e os crescimentos não são idênticos aos de meses anteriores. Ou seja, prevê-se a manutenção sem subida dos valores médios atuais.

Todavia haverá casos em que os preços podem até cair ligeiramente e noutros casos até subir.

Estas oscilações estarão sobretudo relacionadas com o tempo de exposição ou de absorção do mercado para escoamento da oferta, em cada localização específica.

Por um lado, todos sabemos que o tempo de espera para concretização de um negócio é um fator importante para muitos vendedores e fundamental para os investidores/promotores.

Por outro lado, os critérios bancários, nomeadamente no LTV e na capacidade endividamento das famílias está a ficar condicionado de acordo com indicações do BDP as responsabilidades de créditos já assumidas pelas pessoas denotam um elevado nível de endividamento da economia e das famílias portuguesas, bem como poucos hábitos de poupança.

terça-feira, 25 de junho de 2019

PORQUÊ CONFIAR A SUA AVALIAÇÃO À STRUCTURE VALUE?


Prazos

Fazemos todos os esforços e somos focados para o cliente obter o relatório com a maior celeridade possível, isto constitui uma vantagem competitiva valorizada pelo mercado.


Cobertura Nacional
Graças à rede de avaliadores locais, conseguimos oferecer uma cobertura nacional em todo o tipo de imóveis e localidade.

Atenção ao Cliente
Dedicamos ao cliente atenção personalizada, prestando esclarecimentos e informação sobre qualquer aspeto do trabalho, nomeadamente: questões técnicas, estado das avaliações, valores, documentação, etc.

Qualidade dos Relatórios
Emitimos relatórios com o máximo de rigor, controlo, registo fotográ?co de qualidade e da envolvente onde o imóvel se insere.

Controlo e dupla validação
Para assegurar o rigor técnico e a homogeneidade de critérios, todos os relatórios realizados pelos avaliadores locais são veri?cados por responsável técnico e validados internamente.

Formação em Avaliação
Asseguramos a formação em avaliação continua dos nossos avaliadores internos, bem como dos avaliadores locais através de encontros e sessões formativas, de modo a garantir rigor e agilidade na obtenção de informação.


conteúdo informativo
newsletter junho 2019

sexta-feira, 14 de junho de 2019

MERCARDO IMOBILIÁRIO - RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS



Estamos numa fase em que há necessidade de aumentar de número de camas disponíveis para estudantes universitários deslocados.

A falta de residências universitárias disponíveis leva os estudantes a alugarem quartos em apartamentos / moradias ou até a dividirem casa com outros universitários nos grandes centros urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra.

No entanto, com o boom do turismo em Portugal, a massificação do alojamento local e a crise na habitação fizeram desaparecer esses quartos disponíveis para os estudantes no nosso país.

Os dados oficiais (final de 2018) espelham bem a situação: dos 360 mil estudantes do ensino superior, cerca de 120 mil estão deslocados e desses apenas 13% têm lugar nas residências de estudantes. Assim sendo, nove em cada 10 estudantes do ensino superior que estão deslocados têm de se sujeitar aos preços de mercado da habitação, que são proibitivos.

Face a esta crise, o Governo apresentou um plano para o alojamento no ensino superior para duplicar o número de camas disponíveis para os estudantes em 10 anos. Este plano passa por reabilitação de imóveis pertencentes ao Estado, instituições de ensino superior e de outras entidades (ex: Quartel do Monte Pedral (Porto), cavalariças do Palácio das Laranjeiras (Lisboa) e Convento de Santo Estevão (Leiria); reabilitação e / ou ampliação das residências já existentes e criação de protocolos com pousadas da juventude.

domingo, 2 de junho de 2019

MERCADO IMOBILIÁRO - PERSPETIVA NO SEGMENTO RESIDENCIAL EM 2019


No decorrer de 2019 espera-se um ligeiro abrandamento da atividade imobiliária no segmento residencial, sobretudo devido a algum ajustamento na procura e nos prazos de absorção dos imóveis que tendem a aumentar. Porém, neste segmento, são inúmeros os projetos de promoção imobiliária em curso, pelo que o volume de construção nova disponível no futuro será maior, principalmente nas maiores cidades.

Os projetos novos serão mais sofisticados a nível construtivo, com forte tendência para a otimização dos espaços e áreas, bem como a decoração, que será fator determinante.

O tema da domótica e inteligência dos edifícios, associada aos temas de eficiência energética e sustentabilidade, será também importante e fará a diferença para alguns clientes na tomada de decisão.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

NEWSLETTER - MAIO 2019


AVALIAÇÃO DE HOTÉIS / RESIDÊNCIAS ESTUDANTES

Ainda não chegada ao final do primeiro semestre, a Structure Value até ao presente já cresceu exponencialmente no número de avaliações realizadas, sobretudo em ativos ou projetos destinados a hotéis e residências de estudantes, nas denominadas avaliações especiais. Tendo atualmente vários trabalhos de avaliação realizados, outras avaliações em curso e com vários clientes a fazer consultas para possíveis adjudicações.
Esta procura pelos nossos serviços é motivo que muito nos orgulha, pois só confirma a qualidade do trabalho que realizamos e oferecemos ao mercado, bem como a experiência da equipa e da informação especializada e consistente que dispomos e disponibilizamos nos relatórios e estudos. Somos consultados sobretudo por investidores/promotores, bancos e grupos económicos que nos confiam serviços de avaliação para confirmarem e decidirem sobre investimentos, empréstimos e garantias. Por outro lado, é um sinal evidente de que o mercado imobiliário tem encontrado soluções e crescido em segmentos mais específicos e especializados, colmatando as necessidades ainda existentes nalguns nichos.
Todos os relatórios de avaliação têm por base modelos de avaliação devidamente testados e otimizados, com o propósito de prestar um serviço de qualidade. Aplicando sempre a informação e experiência adquirida pela diversidade de avaliações efetuadas e da larga amplitude das localizações dos projetos. Dispomos de processo interno de validação que permite eliminar e minimizar erros ou falhas na avaliação, com validação final da direção técnica.
O mercado está em constante mutação e a Structure Value tem demonstrado estar à altura e acompanhado essas mudanças, acrescentando valor ao sector e reforçando a sua posição ao dar resposta às necessidades dos seus clientes e às tendências do mercado imobiliário.

Vítor Osório Costa
Diretor

MERCADO IMOBILIÁRIO - RESERVAS E LIMITAÇÃOES NO VALOR DE MERCADO



A avaliação imobiliária é a base para definição do valor dum determinado imóvel, sendo materializada com a emissão de eum relatório de avaliação, este documento é essencial para a tomada decisões sobre operações financeiras, créditos e negócios, no dia a dia. Assim, a avaliação imobiliária é uma atividade profissional com impacto na economia, nomeadamente no setor financeiro, instituições, empresas e famílias.Nesse sentido a determinação do valor de mercado de qualquer imóvel deverá ser inequívoco e livre de qualquer ónus, encargos, limitações ou reservas. Porém, existem casos e situações em que o perito avaliador deverá fazer enfâse, sendo da sua opção colocar reservas ou limitações ao valor determinado. Sobretudo nas situações em que as mesmas possam influenciar inevitavelmente o valor atual ou potencial do imóvel, as mesmas podem ser de diferentes tipos:

- Não disponibilização dos elementos atualizados do imóvel.

- Conflito entre a vária documentação predial disponível.

- Incongruência entre áreas existentes e documentadas.

- Incerteza em cenários que têm por base análise de IGT’s.

- Arrendamento não validadas com contrato e recibos de renda.

- Diretos sobre imóveis (ex. usufrutos, superficiários, comodatos, …).

- Licenciamentos camarários ou de outras entidades.

- PIP´s e projetos aprovados.

- Condicionantes administrativas (servidões administrativas, …).

quarta-feira, 1 de maio de 2019

MERCADO IMOBILIÁRIO - AS CASAS DO FUTURO E AS NOVAS PREMISSAS



Recentemente marquei presença na Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, para assistir à discussão de vários assuntos sobre o imobiliário, do qual destaco os temas debatidos e apresentados no dia 11 de abril, tais como: “Dos edifícios inteligentes às cidades inteligentes.

Quais os desafios de futuro que enfrentam os promotores imobiliários? O que é uma moda e o que é essencial.... quais as tecnologias de futuro e como a mobilidade elétrica vai mudar a forma dos espaços em que vivemos e trabalhamos?”

Com base nessa visita e da minha análise critica posterior, resolvi fazer este artigo sobre as casas do futuro e a avaliação das mesmas, desenvolvendo o tema nos próximos parágrafos.

Foco-me no segmento residencial que é aquele que mais tem evoluído e maior dinâmica tem evidenciado, mas sobretudo porque é esse o que mais impacto tem nas famílias e que maiores alterações e mudanças deverão ter no futuro.

O conceito de casa tem estado em constante evolução e, atualmente, já não se aplica a máxima de uma casa para sempre. Essas mudanças decorrem sobretudo no tamanho/área das mesmas e nas tecnologias/equipamentos.

Na minha ótica e de alguns especialistas, as alterações a considerar nas casas do futuro têm de prever os seguintes aspetos:

- Sustentabilidade e eficiência energética;

- Flexibilidade e mudanças sociais como o envelhecimento da população;

- Procura dos clientes pelas casas conectadas e inteligentes.

Estas tendências vão requerer mudanças no processo construtivo e de produção na indústria da construção, com a automatização dos processos, produtos/materiais de confiança que garantam a sua utilização diária e duradoura. Estará o setor/industria da construção preparado para esta mudança!

terça-feira, 23 de abril de 2019

PERITOS AVALIADORES DE IMÓVEIS (TODO O PAÍS)


Empresa especializada em avaliações imobiliárias, com 10 anos de experiência e uma posição consolidada no mercado. Está nesta fase, a reforçar a sua equipa de peritos avaliadores de imóveis em todo o país.

Desejamos ser contactados por peritos com o seguinte perfil:

- Licenciatura em área de formação relevante para a função;
- Experiência no setor das avaliações de imóveis;
- Registo ativo como PAI na CMVM;
- Seguro de responsabilidade civil;
- Sentido de responsabilidade, rigor e cumprimento de prazos.

Solicitamos o envio dos seguintes dados:

- CV atualizado com foto;
- Listagem das zonas de atuação por concelhos/zonas.

Os interessados devem contactar para o seguinte endereço de email: info@structurevalue.com com o envio dos dados solicitados.

terça-feira, 9 de abril de 2019

QUANDO SERÁ O PICO DESTE CICLO IMOBILIÁRIO?




Após a crise mundial que assolou em especial o setor do imobiliário, estamos atualmente assistir ao surgimento de vários projetos, sobretudo no segmento residencial, também noutros segmentos como o turismo, escritórios e armazéns, verifica-se uma boa dinâmica. A principal questão que se levanta agora é a seguinte: Quando ocorrerá ou será o pico deste ciclo imobiliário?

- Para os mais céticos e pessimistas estamos perante um ciclo que se seguirá dum abismo, já para os mais moderados depois do pico haverá uma planície, para os otimistas ainda estamos no início do ciclo e há uma longa escalada da montanha!

Ao analisarmos o mercado imobiliário no geral e o segmento residencial em particular, pois é o mais mediático e o que maior impacto direto tem nas famílias, encontramos sete fundamentos socio-económicos que na nossa ótica explicam que o ciclo não atingirá o limite, ainda em 2019.

Oferta

Atualmente o residencial sofre um claro desequilíbrio entre a oferta disponível e a procura pelas famílias, existindo um claro défice de oferta em muitas localizações.

Procura

A crise produziu uma redução drástica da procura por novas habitações. Assim nos últimos anos, verificamos uma recuperação clara, tanto pela substituição como na compra da primeira habitação. Por um lado, a procura de famílias entre os 45 anos, que atrasaram a compra de habitação. Por outro lado, a dos millennials que estão na faixa etária típica para a primeira compra.

Preços

Aumentaram a uma taxa de dois dígitos nas zonas de maior procura, como Lisboa e Porto. Contudo, em média, estamos longe de altas históricas (e ainda abaixo de valores de 2008), sobretudo fora das cidades de Lisboa e Porto. Embora os preços vão descendo gradualmente do centro para a periferia.

Economia

O PIB nacional avançou 2,16% em 2018, embora seja inferior ao crescimento verificado em 2017, ainda assim é superior ao de outros países europeus. A taxa de juro de referência (Euribor) para o crédito hipotecário, de acordo com os especialistas, manter-se-á baixa, pelo menos até 2019/2020.

Investimento

Os investidores não veem uma bolha imobiliária e ainda avançam com mais aquisições reforçando os seus portefólios, sobretudo nos principais centros urbanos. Os especialistas em imóveis residenciais referem que os ativos imobiliários os protegem dum eventual aumento da inflação.

Bancos

As mais recentes normas bancárias limitam o crédito hipotecário a pessoas solventes (análise das responsabilidades de crédito do BdP) e a um máximo de 85% do valor da casa. Os principais bancos continuam a financiar as famílias na compra de habitação.

Famílias

O endividamento e, por conseguinte, a vulnerabilidade financeira das famílias diminuiu. Os processos de insolvência pessoal continuam a existir, mas não ao nível que se verificou até 2015.


conteúdo informativo
newsletter abril 2019

quinta-feira, 4 de abril de 2019

MERCADO IMOBILIÁRIO – ARMAZÉNS – LEIRIA



A análise foi realizada para a zona geográfica do concelho de Leiria. Corresponde a valores de imóveis registados na nossa base de dados interna, no período entre dezembro de 2018 e março de 2019, num total de 32 observações, sendo oito dessas para arrendamento. As restantes resultam de processos de avaliação em que estivemos envolvidos ou de observações recolhidas no mercado.

A zona considerada como prime para armazéns industriais é a zona de Maceira, que conta também com vários armazéns dedicados não só a indústria/logística, mas, também, ao comércio e retalho. Outras localizações, como Pousos ou Cortes são alternativas para várias empresas. Existem também pequenas unidades empresarias/industriais espalhadas um pouco por todo o concelho.

Concluiu-se que para armazéns, o valor médio para arrendamento posiciona-se em torno dos 2,75€ e o de venda ronda os 400 €/m². Os valores máximos para indústria rondam dos 4,00 €/m² e 700 €/m², respetivamente renda e venda, valores verificados na localidade de Maceira. Os valores mínimos rondam os 1,50 €/m² e 200 €/m².

Estes indicadores são meramente orientativos e não conferem qualquer vínculo ou compromisso por parte da Structure Value, já que decorrem duma análise estatística de dados base registados na empresa.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

MERCADO IMOBILIÁRIO – ESCRITÓRIOS – PORTO



Apresentamos alguns indicadores do mercado de escritórios relativos à cidade do Porto. Os valores apresentados dizem respeito ao 4º trimestre de 2018 e decorrem duma análise realizada para a obtenção dos valores de mercado praticados para o segmento de escritórios/serviços, com informação dos valores Prime, de venda e renda. Pretendemos dar uma amostra o mais realística possível dos valores praticados no concelho em €/m2, num conjunto de mais de 100 imóveis. Tratam-se de observações para compra/venda e arrendamento que na sua maioria de processos de avaliação imobiliária em que a nossa empresa esteve presente.

Estes indicadores são meramente orientativos e não conferem qualquer vínculo ou compromisso por parte da Structure Value, decorrem duma análise estatística de dados base dos registos da empresa.







quarta-feira, 13 de março de 2019

A AVALIAÇÃO DE UM ESTÁDIO DE FUTEBOL



Uma vez que já decorreu algum tempo desde o derby da semana passada e os ânimos estão mais serenos, decidimos fazer artigo sobre a avaliar um estádio de futebol, como exemplo tentaremos evidenciar as diferenças entre avaliar o estádio de um dos denominados clubes grandes e outro dum clube de uma divisão inferior. Esta distinção não é inocente entre dimensão de clubes, pois será um aspeto importante e com impacto na avaliação do estádio de cada um dos clubes.

Senão vejamos, um clube como o FCP ou o SLB, terão certamente receitas diretas do seu estádio com grande peso, como sejam: bilheteira, publicidade estática, rendas de espaços, restauração, lugares cativos e camarotes, bem como outros que podem ser considerados indiretos como receitas de direitos televisivos, patrocínios, etc…. Havendo clubes que vendem os direitos do próprio nome do seu estádio a marcas ou insígnias, como foi o caso do estádio do SC Braga que teve o nome de Estádio AXA. Em contraponto um clube de menor dimensão terá muito menos receitas e alguns dos itens atrás referidos nem contam da atividade de exploração.

Assim, estamos em condições de valorizar um estádio de futebol tendo como base o método de rendimento, composta por uma componente fixa e outra variável que o mesmo irá gerar, porém a parte variável representará uma parte significativa da receita e será sempre uma função do desempenho do clube no campeonato e nas competições nacionais e internacionais em que esteja envolvido. Quanto aos custos, devem ser considerados os da sua exploração, policiamento/segurança, manutenção, gestão/controlo, energia, etc. …

Não sendo possível obter esses dados ou não sendo fornecidos, há sempre a possibilidade de fazermos a valorização do estádio pelo seu valor intrínseco, ou seja, através do método dos custos. Este critério também requer conhecimentos avançados dos custos empregues no estádio, como sejam o tipo de construção, técnicas construtivas, materiais, estruturas, equipamentos, …. etc. Como um estádio de futebol pode ser considerado ou é mesmo um equipamento ou infraestrutura embora de propriedade privada, mas de acesso publico, o terreno onde o mesmo está implantado terá de ser apurado por metodologia de avaliação não tradicional, que poderá fazer toda a diferença na utilização do critério de custos de construção. Existem algumas possibilidades, porém defendemos o método das expropriações que nos parece o mais consistente e de aplicação geralmente consensual para imóvel muito específicos ou atípicos.

Em boa verdade, tanto pela via do método rendimento como pelo método de custo será sempre um exigente exercício de uma equação com muitas variáveis e em que a experiência e competência do perito avaliador farão toda a diferença no resultado e qualidade do trabalho final apresentar assim como na solidez do valor a determinar.

A nossa empresa já esteve envolvida na avaliação dalguns estádios de futebol e dessas experiências desenvolvidas resultaram competências adquiridas, pelo que resolvemos partilhar em modo overview os desafios do que é a avaliação dum imóvel desta natureza, sem aprofundarmos parâmetros e pormenores que podem influenciar o valor final, como sejam, taxas, depreciações, encargos, ou outros detalhes que são tratados casuisticamente.

Não obstante a nossa preferência clubística, optamos por colocar imagens dos 4 principais clubes de futebol a nível nacional, embora nalguns dos casos os seus estádios têm valores muito distintos, ou não! És a questão!


conteúdo informativo
newsletter março 2019

quinta-feira, 7 de março de 2019

MERCADO IMOBILIÁRIO – RESIDENCIAL – AÇORES – (PONTA DELGADA)



Apresentamos alguns indicadores do mercado residencial (apartamentos e moradias) relativos ao concelho de Ponta Delgada (Açores). Os valores apresentados dizem respeito ao 4º trimestre de 2018 e decorrem duma análise realizada para a obtenção dos valores de mercado praticados para cada um dos segmentos do residencial, com informação dos valores máximos, mínimos (extremos) e valores médios.

Pretendemos dar uma visão o mais realística possível dos valores praticados no concelho em €/m2, num conjunto de 87 imóveis (sendo 28 frações habitacionais e 59 moradias). Trata-se de observações para compra/ venda e na sua maioria de processos de avaliação imobiliária em que a nossa empresa esteve presente.

Estes indicadores são meramente orientativos e não conferem qualquer vínculo ou compromisso por parte da Structure Value, decorrem duma análise estatística de dados base dos registos da empresa.













quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

MERCADO IMOBILIÁRIO RESIDENCIAL – MADEIRA (FUNCHAL)


Apresentamos alguns indicadores do mercado residencial (apartamentos e moradias) relativos ao concelho do Funchal (Madeira). Os valores apresentados dizem respeito ao 4º trimestre de 2018 e decorrem duma análise realizada para a obtenção dos valores de mercado praticados para cada um dos segmentos do residencial, com informação dos valores máximos e mínimos (extremos), valores médios e medianas. Pretendemos dar uma amostra o mais realística possível dos valores praticados no concelho em €/m2, num conjunto de 147 imóveis (sendo 84 frações habitacionais e 63 moradias). Tratam-se de observações para compra/venda e na sua maioria de processos de avaliação imobiliária em que a nossa empresa esteve presente. Estes indicadores são meramente orientativos e não conferem qualquer vínculo ou compromisso por parte da Structure Value, decorrem duma análise estatística de dados base dos registos da empresa.

















segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

JUSTIFICAÇÃO DA TAXA “YIELD” NA AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA



As denominadas yields do imobiliário correspondem a taxas de rendibilidade, sendo um dos critérios normalmente utilizados na determinação do valor de imóveis através do método de rendimento. Trata-se de um parâmetro de fácil compreensão e de cálculo simples no apuramento do valor do imóvel pelo rendimento efetivo ou potencial, porém a determinação da taxa de rendibilidade adequada para um determinado imóvel, já não é uma tarefa tão simples, que é muitas vezes desprezada e descurada.

São várias as opiniões sobre qual a yield adequada para um mesmo imóvel, numa mesma localização, segmento e igual rendimento. Por isso, muitas das vezes acabam por ser utilizadas taxas de forma arbitrária, e um pouco de acordo com o hábito ou prática de cada perito avaliador, verificando-se que na maioria das vezes não são apresentados cálculos para a sua justificação de maneira sustentada. Consideramos que arbitrar um valor sem que para o mesmo tenha sido efetuada uma análise justificativa, representa um elevado risco para o perito, bem como para o requerente da avaliação, sobretudo porque qualquer erro na taxa da yield utilizada numa avaliação, tem um impacto considerável no valor final do imóvel.

Deste modo, pretendemos com este artigo informar e explicar que existem modelos que podem ser utilizados para determinar a Yield numa avaliação imobiliária, tornando assim o processo de avaliação com mais rigoroso, qualificado e sustentável.

Um dos rácios mais utilizados para justificação da taxa da Yield é através da correlação existente entre o valor de mercado para arrendamento e do de venda em que a resposta é a taxa de mercado, isto pode ser sintetizado pela seguinte expressão: Yield = Renda anual de mercado / Valor de Venda ou de Mercado. Neste processo poderemos considerar que se trata duma Yield de mercado, desde que os valores aplicados no numerador e no denominador sejam antecedidos de prospeções e homogeneizações corretas.

Outro modelo alternativo para obtenção da Yield dum imóvel é denominado pela sigla CAPM (Capital Asset Pricing Model). Este modelo tem em consideração vários parâmetros, tais como: a exposição de um ativo imobiliário ao riso de mercado, através da variável denominada por coeficiente beta (B). Considera também o retorno esperado do mercado (E) e o retorno para um ativo ou investimento livre de risco (Rf). O custo de capital corresponde à taxa de rendibilidade ou prémio exigido pelo investidor como compensação pela sua exposição ao mercado. O prémio de risco varia em função do coeficiente que é representado pelo beta (B) e pelo retorno de mercado exigido pelo mesmo investidor. A expressão para este modelo é a seguinte: E(Ri)=Rf+(E(Rm)-Rf)x B.

Existem outros modelos de base financeira que podem ser adaptados para a ótica da avaliação imobiliária e que não foram abordados. Porém esperamos que com a partilha deste artigo e a explicação destes dois critérios que nos parecem de fácil compreensão, tenhamos dado o nosso contribuído/ajuda no cálculo de Yields na avaliação imobiliária.

Nota: Não nos responsabilizamos pela inadequada aplicação dos modelos apresentados ou pela incorreta obtenção dos vários fatores/parâmetros que compõem cada um dos modelos/expressões apresentados.
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newsletter fevereiro 2019

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

MERCADO IMOBILIÁRIO COMÉRCIO DE RUA – PORTO – RENDAS PRIME



Apresentamos alguns indicadores do mercado de retalho (comercio de rua) relativos a algumas zonas da cidade do Porto e concelho. Os valores apresentados dizem respeito ao 3 e 4º trimestre de 2018 e decorrem duma análise realizada para a determinação da renda prime praticada em cada uma das zonas em análise, bem como o valor médio praticado no concelho em €/m2 para cada uma das localizações do quadro acima, num conjunto de 195 imóveis. Trata-se de observações de frações habitacionais (apartamentos), para compra/venda e na sua maioria de processos de avaliação imobiliária em que a nossa empresa esteve presente.

Estes indicadores são meramente orientativos e não conferem qualquer vínculo ou compromisso por parte da Structure Value, decorrem duma análise estatística de dados base dos registos da empresa.