Muito se tem falado
na geração millennial, no que respeita sos seus hábitos, ou aspirações e
motivações. Resolvemos nesta edição da nossa newsletter abordar este tema na
vertente do imobiliário, nomeadamente tendências do setor para este
público-alvo.
A geração millennial
corresponde aos indivíduos nascidos após 1982, ou seja, estamos a falar dum
grupo de pessoas com idade entre os 17 e 35 anos e que representam atualmente um
número significativo da população ativa ou em início de atividade. Enumeramos alguns
dos aspetos que caraterizam esta geração, tais como:
- Maioria tem
formação/habilitações académicas superiores
- Interessados no
desenvolvimento da sua carreira
- Preocupados com a
contribuição para a sociedade das empresas onde trabalham
- Utilizadores
assíduos de ferramentas de social networking
- Preferem empresas
de novas tecnologias e telecomunicações
- Valorizam a
utilização de transportes públicos em detrimento do carro próprio
- Adiam a decisão de
ter filhos e optam em norma pela união de fato em vez do casamento
- Em norma são racionais
nas decisões de compra
Face a estes aspetos,
pesquisamos (em papers e artigos) para compreendermos melhor as opções, necessidades
e tendências na componente imobiliária, nomeadamente para habitação,
conseguimos tirar algumas conclusões, que passamos em revista:
- Preferem arrendar
em vez de comprar
- Tipologias de T0 a
T2
- Nos centros
históricos e próximo do trabalho
- Disponíveis para
arrendamento até 700€/mês ou compra até 200.000€
- Valorizam
proximidade de metro ou outros transportes públicos
- Habitações prontas
a ocupar e que não impliquem obras
A preferência pelo
arrendamento compreende-se pela mobilidade que permite o arrendamento,
verificando-se a libertação do conceito de propriedade muito vincado nas
anteriores gerações, prova disso a quantidade de créditos habitação que
proliferam no passado. A opção pelas tipologias mais baixas está certamente
relacionada com aspetos de conceito familiar (filhos/casamento) pois não
necessitam de tanto espaço, bem como o custo de manutenção e
arrendamento/compra terá também importante peso na opção da tipologia. A
localização está intrinsecamente relacionada com a proximidade com o trabalho
vs transportes vs atividades de lazer, desse modo os centros históricos
principalmente de Lisboa e Porto, permitem essa conjugação, ou seja, o
equilíbrio entre a vida social e profissional. A questão das obras deverá estar
implicada com a necessidade de tempo para acompanhamento dos trabalhos e/ou de
no arrendamento as frações estão em condições de ocupação imediata.
Esta geração tem
necessidades específicas e consideramos por um lado que o mercado imobiliários,
através dos seus agentes e principalmente promotores imobiliários são atentos a
estes aspetos, tanto mais que no decorrer da nossa atividade de avaliadores
imobiliários somos chamados a avaliar edifícios reabilitados localizados nos
centros históricos, compostos por frações de caraterísticas similares. Mas por
outro lado verificamos que a valorização das habitações nestas zonas tem sido
elevada e nos próximos tempos irá manter-se essa tendência, o que muitas vezes condiciona
o interesse desta geração Considerando ainda que nos centros históricos uma boa
parte dos edifícios reabilitados está a ser direcionada para o arrendamento
turismo ou hotéis, acabará por afastar para outras soluções ou no limite
ocuparem por arrendar/comprar o que encontram.
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