sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Prudência e Gestão de Risco

No atual panorama nacional e que se vive também no resto do mundo, a implementação de mediadas sanitárias pelos governos dos países tem originado limitações no funcionamento das empresas, restrições económicas e sociais. Este panorama tem impactos negativos no PIB, e a contração económica levará ao aumento do desemprego e a um maior esforço do país para acorrer com apoios socias às famílias e às empresas.








O alívio fiscal e o desconfinamento em alguns países vem permitir uma gradual recuperação a partir do 3º trimestre, outras medidas relevantes para as economias europeias são os apoios e as políticas adotadas nesta fase pelo BCE, são sinais positivos para a economia, em contrabalanço com os efeitos provocados pela pandemia. Os analistas e especialista económicos preveem que a recuperação vai ser mais sentida no final de 2020, início de 2021. Face ao panorama atual e aos efeitos futuros que podem implicar alterações nas previsões, tudo indica que a economia deverá ter uma recuperação em “U”, não obstante, as políticas adotadas por cada estado e a dimensão que a pandemia atingiu em cada país.

Os bancos mantêm-se ativos no financiamento e com spreads competitivos, logicamente com o apoio do BCE para manter as taxas e condições atrativas, contudo a falta de liquidez dalgumas empresas e famílias permitirá o surgimento de oportunidades no mercado imobiliário, bem como será inevitável no futuro o aumento da taxa de incumprimento dos créditos provocada pelo aumento do desemprego, não obstante as moratórias e apoios existentes que permitem o adiamento das obrigações, sobretudo no segmento residencial. Nos restantes segmentos do imobiliário, os efeitos estão a levar a mudanças por parte dos investidores com a conversão do uso dos ativos administrativamente e no layout.

O setor imobiliário não é exceção e os impactos já se fazem sentir, sobretudo na procura, mas como os mercados vivem de expetativas futuras e como os investidores procuram garantir segurança, tentando contornar os efeitos da volatilidade noutros tipos de ativos, tudo indica que a recuperação do imobiliário será também em “U” mas menos pronunciada/vincada comparativamente ao da economia. Isto porque o imobiliário é um tipo de ativo que historicamente tem um comportamento que garante aos investidores menor volatilidade, menos impactos imediatos das oscilações económicas/financeiras e assim vencer o risco de exposição. Porém requer que o investidor tenha informação de mercado de qualidade e esteja munido de competências especificas deste setor, acrescentar a tudo isto é sempre importante lembrar que a atual situação requer prudência e uma gestão de risco cuidada.

0 comentários:

Enviar um comentário